F Curiosidade Jurídica do Dia: Onde estão os negros da Argentina?
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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Onde estão os negros da Argentina?




Debatendo sobre futebol e suas seleções com meu colega de trabalho, acabamos entrando no assunto sobre racismo dos argentinos com relação aos negros e fui desafiado a encontrar um jogador negro da seleção argentina não encontrei nenhum e me perguntei... "Onde estão os negros argentinos?"


Esta não é minha área de formação e este é um tópico que não trata de Direito, mas fiz algumas pesquisas e como achei o assunto deverás relevante, resolvi compartilhar.

O que houve na Argentina foi um extermínio dos africanos naquele país, com o trafico negreiro tendo início entre século XV e XIX a população negra em certas regiões da Argentina chegava a mais da metade e ao olhar para a população atual dos "hermanos" nos perguntamos como sumiram os negros?

A primeira fase de extermínio dos negros ocorreu na luta entre os espanhóis e ingleses que se estendeu por um longo período e que em suas batalhas fizeram uso dos negros como soldados o que acarretou muitas baixas de negros. 

Ulterior em 1816 houve o processo de independência da Argentina. Batalhões foram formados apenas por negros conhecidos como o "batalhão dos libertos", pois eram conduzidos a guerra como soldados sob a promessa de liberdade e novamente muitas baixas dos afro-argentinos e muitos desses soldados nunca voltaram para provar da liberdade, porque ocupavam as posições de frente de batalha, as mais perigosas de uma guerra e o extermínio foi quase total desses negros argentinos.

Remanescente das seguidas guerras, os poucos negros segregados do convívio com brancos, sofrem com uma epidemia de febre amarela em 1871 e vivendo em condições sub-humanas em favelas e guetos, esses negros agora libertos viviam em condição de extrema miséria eram impedidos pelo soldados argentinos de sair do derredor de suas favelas para que não contaminassem aos brancos e dessa forma não recebiam qualquer atendimento médico.

Como se isso tudo não bastasse houve na Argentina um processo organizado da "política de Branqueamento" que utilizavam das mulheres negras, sem homens, para procriar com homens brancos de origem europeu e esses rebentos que mesmo tendo sangue e características negras eram registrados como brancos, pois a empreitada dessa política era erradicar a etnia negra da Argentina, de forma que a ideia de que prosperidade e desenvolvimento de um país estava intrinsecamente ligados a raça, etnia e cor da pele, e a população negra que era de apenas 1% em 1890 passou a zero com essa política.

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